sábado, 22 de dezembro de 2007

Hora de pôr o dedo na ferida!.


As minha vivências e experiências transformaram os meus valores e opinião sobre as drogas...

Não sou usúaria, mas sou contra a hipocresia de milhões de jovens brasileiros como os estudantes e "colaboradores" da ong no filme Tropa de Elite, que só estavam ali posando de "bom moço"para garantir seus "canal"de distribuição da droga....CHEGA DE PESSOAS MEDIOCRES!!!...Precisamos de pessoas com reais sentimentos de valorização do ser humano, dotados de alta grau de respeito pelas pessoas ao redor, pela natureza e todos os seus seres vivos.

História que fica para um segundo momento, o importante é dizer que sim,sou a favor de uma discussão sensata, séria e com muita postura..No "oba oba" os jovens nao irao alcançar nada...

E sim,EU COLOCO MINHA CARA NA FRENTE.....precisamos de Brasileiros com "B"maiusculo, brasileiros que mostrem suas caras......BRASIL MOSTRA A SUA CARA!!!






A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA PODE ATÉ TER POUCO IMPACTO NO TRÁFICO DE DROGAS, MAS TIRARIA USUÁRIOS PACÍFICOS DA LINHA DE FOGO QUE SEPARA A POLÍCIA DOS BANDIDOS.
O embate monismo versus dualismo suscita as mais elevadas questões filosóficas, mas por um erro conceitual acaba repercutindo em assunto muito prosaico, embora de urgente interesse público. O homem sempre se valeu de drogas para tratar corpo e espírito. Por razões históricas e econômicas, várias substâncias foram criminalizadas ao longo do século XX, criando um mercado negro de alta lucratividade. A repressão violenta ao narcótico alimenta a mais antiga maldição da espécie- a guerra que faz qualquer produto valer os olhos da cara. Nas últimas décadas, esse mecanismo perverso gerou desgraça e degeneração moral sem conseguir frear o consumo das substâncias banidas. Sendo inevitável que a sociedade comece a questionar a conveniência do proibicionismo, persiste o argumento de que drogas perigosas devem continuar ilegais. Mas, do ponto de vista biológico, o que é uma droga perigosa?
Comparemos as drogas ilícitas mais comuns: maconha e cocaína. Em doses baixas, a primeira pacifica dores e incrementa a criatividade. Em doses altas, desinfla a vontade, embota o espírito e causa letargia e desmotivação. A Cocaína faz o contrário: agita o pensamento, aguça a vontade e, no limite, conduz a paranóia e a agressividade. A interrupção do uso crônico da maconha causa depressão moderada e passageira, enquanto a abstinência da cocaína provoca grande ânsia de consumo da droga e forte depressão. O contraste dá sentido à distinção entre drogas “leves” e “pesadas”, ou entre dependência “fisiológica”e “psicológica”.
É nesse ponto que certos porta-vozes da ciência se confundem, invocando um monismo desavisado para afirmar que toda dependência “psicológica” é também “fisiológica”. Nenhum cientista discorda que a vida psíquica tem base em processos bioquímicos, mas não se pode negar a enorme diferença entre ter vômitos e diarréias por abstinência de heroína ou simplesmente sentir falta de um cafezinho a mais. Heroína e cocaína atuam em circuitos neurais relacionados, respectivamente, ao prazer e à obtenção de recompensas. São percebidas pelo cérebro como substância altamente desejáveis, gerando forte dependência após poucas exposições. O álcool, a cafeína e os princípios ativos da maconha não atuam diretamente nesses mecanismos, o que gera conseqüências mais brandas. Em altíssimas doses, todas essas drogas causam dependência. Mas no uso medicinal ou recreativo, há gigantesca distancia entre os componentes “psicológicos” e “fisiológicos”.
O fato é que o uso da maconha fora dos grupos de risco (jovens em geral e adultos com tendências depressivas ou psicóticas) não é grande perigo para o indivíduo nem para a sociedade. Se é verdade que a legalização da maconha isoladamente teria pouco impacto no financiamento do tráfico, a medida criaria um mercado formal novo, desenvolvendo a erva à tabacaria. E, sobretudo, tiraria os pacíficos usuários da linha de fogo que separa a polícia dos traficantes de drogas “pesadas”, protegendo-os de um confronto em que ambos os lados praticam corrupção, a tortura e o assassinato, como foi retratado de forma exemplar no filme Tropa de Elite de José Padilha. É hora de discutir a fundo, com honestidade intelectual e dados empíricos. O bom senso adverte: sufocar as drogas com plástico mata.

SIDARTA RIBEIRO é PhD em Neurobiologia pela Universidade Rockefeller e diretor de pesquisas do instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS). Fez pós-doutorado na Universidade Duke (2000-2005) investigando as bases moleculares e celulares do sono e dos sonhos e o papel de ambos no aprendizado.

Fonte: Revista Mente e Cérebro edição de Dezembro 2007, Ano XV N179, Coluna Limiar Neurociências, página 23.

http://www.mentecerebro.com.br/



muito legal!!!=D
http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1537

outros sites:
http://www.online.unisanta.br/2002/09-14/pais-2.htm
http://www.blogtok.com/forum/responder/1369/rio-pede-libera-o-da-maconha
http://noticiascanabicas.blogspot.com/2007/10/mtv-debate-legalizao-da-maconha.html
http://www.obaoba.com.br/noticias/noticias_detalhes.asp?ID=7025
http://www.marchadamaconha.org/blog/2007/em-brasilia-jovens-pedem-legalizacao-da-maconha/
http://www.stopthedrugwar.com/pt/cronica/455/iniciativa_legalizacao_maconha_colorado_briga_dificil
;)

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