domingo, 10 de maio de 2009

A Origem do Dia das Mães

Que neste dia você possa se lembrar que aquele abraço caloroso e sincero acalenta,emociona e encanta qualquer mãe do mundo muito mais do que aquela “lembraça” que é apenas entregue em mãos ou enviada via correios e afins...

Mães do Mundo

Um dia criado com intuito nobre que não demorou para tornar-se lucrativo

Maio, Dia das Mães. Foi uma supermãe que inventou esse dia? Não exatamente. Foi uma superfilha que não teve filhos. A norte-americana Anna Jarvis, ao perder sua mãe- uma reconhecida ativista social de sua época - em 1907, começou intensa campanha para instituir o Dia Nacional das Mães. Ela conseguiu que a pequena cidade de Grafton, na Filadélfia (EUA), celebrasse o dia no segundo aniversário da morte de Anna Reese Jarvis. O sucesso foi imediato e a data se espalhou pelo estado com Anna liderando um movimento para institucionalizar o dia. Em 1911, a data foi celebrada em quase todos os estados norte-americanos. Mas a boa filha não se contentou e, três anos depois, o presidente Woodrow Wilson editou comunicado oficial proclamando feriado nacional todo segundo domingo de maio.
A partir de então, o mundo aderiu paulatinamente, cada país escolhendo uma data do calendário. Austrália, Brasil, Canadá, Itália, Japão e Turquia seguiram os Estados Unidos. O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre no dia 12 de maio de 1918. E foi em 1932 que o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data também no segundo domingo de maio.
França? É no último domingo de maio. A África do Sul destacou o primeiro domingo do mesmo mês. Argentina? Nossos vizinhos, para diferenciar, optaram pelo segundo domingo de outubro. Já os catolissíssimos Espanha e Portugal escolheram da 08 de dezembro, o mesmo em que se homenageia a Virgem Maria. Em Israel, o Dia das Mães foi substituído pelo Dia da Familia em fevereiro. Mas religiosos comemoram a data de morte de Rachel como símbolo.
No Líbano, um toque romântico: a data é comemorada no primeiro dia da primavera. Há registros mais antigos de comemorações- na Grécia, na Roma Antiga, na Inglaterra.
O evento passou a ter sentido comercial rapidamente. Tanto assim que Anna, desapontada com o caminho do feriado que havia criado, montou novo movimento em 1923 contra a comercialização da data. Pelo jeito em vão.

Sonia Racy é colunista do Jornal O Estado de São Paulo e da rádio Eldorado.

Fonte: Revista TAM, ano 02 N 17- Maio 2008.

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