domingo, 25 de novembro de 2007

Conhecimento versus Consciência

Segundo Piaget (1936, 1937), o conhecimento é sempre produto da interação entre sujeito e objeto. Nesse sentido, a ação pode transformar-se em uma ação interiorizada (operação) que modifica o objeto e o próprio sujeito, proporcionando-lhe uma coordenação de suas ações e, em outros níveis, uma coordenação das próprias coordenações de ações. Em sua obra A tomada de consciência (1974), Piaget explicita a ação como a forma mais elementar para a ocorrência das interações entre sujeito e objeto.

O processo de tomada de consciência pode ser iniciado quando a resistência oferecida pelos objetos não pode mais ser superada através de simples regulações automáticas, passando a depender de escolhas mais ou menos deliberadas, ou seja, de regulações ativas. Embora haja a possibilidade das regulações automáticas superarem certos obstáculos oferecidos pelos objetos, os sujeitos obtêm êxito (mesmo os em estádio inicial), apenas no plano da ação prática. Eles passam somente a ter o mesmo êxito no plano da representação, na medida em que executam regulações ativas, para a adaptação de alguns processos, o que se reflete em escolhas intencionais e que supõe o uso da consciência.


Segundo Piaget:

A inteligência não começa, pois, nem pelo conhecimento do eu nem pelo das coisas enquanto tais, mas pelo conhecimento de sua interação, e é ao orientar-se simultaneamente para os dois pólos dessa interação que ela organiza o mundo, organizando-se a si mesma (1937, p. 361)



Numa perspectiva de equilibração uma das fontes de progresso no desenvolvimento dos conhecimentos deve ser procurada nos desequilíbrios como tais, que por si sós obrigam um sujeito a ultrapassar seu estado atual e a procurar o que quer que seja em direções novas (PIAGET, 1975, p. 18).
Jean Piaget foi um grande estudioso focado no conhecimento e e na forma didatica em que ele é propagado,a pratica docente. No entanto acabou sendo um dois maiores colaboradores no estudo do sujeito psicologico e suas interações. Fantastico!


Segundo Piaget:

A arte do clínico consiste em não fazer responder, mas em fazer falar livremente e em descobrir tendências espontâneas, em vez de as canalizar e as conter. Consiste em situar qualquer sintoma dentro de um contexto mental, em vez de fazer abstração do contexto (1926, p. 7).

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