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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

!...Vamos salvar o Natal...!

!...Vamos salvar o Natal...!

A primeira coisa seria minimizar o Papai Noel da Coca-Cola. Esse velhinho obeso, gastador, que nos estimula a comprar, comprar e comprar e que está, desde o final de novembro, molhado de suor, em TODOS os shoppings centers. Desculpe, bom velhinho, mas você ficou over. Não tem mais nada a ver com os tempos que vivemos.

O que vai salvar o Natal, é voltarmos ao principal sentido da festa no mundo ocidental: celebrarmos o nascimento do Cristo. Não o Jesus religioso, que morreu pelos pecadores e que faria você parar de ler este texto bem aqui. Não é desse Jesus que falo. Temos que resgatar o Jesus transformador. O ecologista. O Jesus que, há 2009 anos, abalou as estruturas da Roma perdulária e cheia de vícios, com suas idéias de vida simples e pensamentos elevados. De amor ao próximo. De comunhão com a natureza.

Temos que resgatar o Homem que disse que somos todos uma só família. Todos habitantes do mesmo planeta Terra. Eu, você que está lendo, o feirante, o doutor, o agricultor, o catador de papel. E que as diferenças impostas pela sociedade são cruéis e fonte da maioria dos nossos problemas.

Temos que resgatar o homem que, ao ver que a comida não dava para todos, dividiu-a. E, ao invés de uns poucos comerem muito, todos comeram um pouco. O homem magro, de modos frugais, que se satisfazia com frutas, grãos, mel, peixe (talvez) e não com leitões, cabritos, tenders, chesters, lombos, picanhas - geralmente, todos juntos na mesma ceia.

Temos que reviver as idéias do sujeito que introduziu o conceito de vida simples no ocidente. E praticou-a todos os dias em que viveu. Aquele homem que vivia apenas com o necessário, pois acreditava que os únicos bens que devemos acumular, são os valores que levamos dentro de nós. Que expulsou os mercadores do templo, pois uma coisa são valores da alma. Outra são os do dinheiro. E feliz é quem consegue diferenciá-los.

Renascer a alegria de um homem que vivia rodeado de amigos, que amava os animais, que viajava, que era carinhoso e benevolente com todos. Principalmente, com aqueles que erravam (isso me dá um alento, que nem te conto!).

Neste Natal, tenho pensado muito nisso. Pensando no aniversariante que, quando estudado livre das amarras e preconceitos da religião, revela-se um grande visionário. Um líder transformador, que parecia antever a encrenca que 2000 anos depois nos enfiaríamos. Em tempos de simplicidade voluntária e consumo consciente, não vejo ninguém melhor para seguirmos.

Que este ano, a gente consiga plantar a sementinha de um Natal verdadeiramente Cristão. Um Natal "menos" em tudo o que é material. E "mais" em alegria, risadas, comunhão com aqueles que amamos, divisão e confraternizaçã o. Um Natal com menos sobras. Nas lixeiras, na geladeira e nas parcelas do cartão de crédito. Essa é a minha sugestão.
!...Um Feliz Natal para você e para todos nós...!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Touch wood-Copenhagen

Climate change and forests
Touch wood
Dec 17th 2009 COPENHAGEN
From The Economist print edition


Everyone agrees on the need to save trees, but the details are still tricky


WHATEVER else historians say about the Copenhagen talks on climate change, they may be remembered as a time when the world concluded that it must protect forests, and pay for them. In the Kyoto protocol of 1997, forests were a big absentee: that was partly because sovereignty-conscious nations like Brazil were unwilling, at any price, to accept limits on their freedom to fell.


All that is history. As the UN talks went into their second week, trees looked like being one of the few matters on which governments could more or less see eye to eye. Over the past two years, skilful campaigning by pro-forest groups has successfully disseminated the idea that trees cannot be ignored in any serious deliberation on the planet’s future.


Most people at the summit accepted the case that is endlessly made by friends of the forest: cutting down trees contributes up to 20% of global greenhouse emissions, and avoiding this loss would be a quick, cheap way of limiting heat-trapping gases. Unless forests are better protected, so their argument goes, dangerous levels of climate change look virtually inevitable.


On December 16th six rich nations gave advocates of that view a boost when they pledged $3.5 billion as a down payment on a much larger effort to “slow, halt and eventually reverse” deforestation in poor countries. The benefactors—Australia, France, Japan, Norway, Britain and the United States—endorsed tree protection in terms that went beyond the immediate need to stem emissions. Keeping trees standing would protect biodiversity and help development of the right sort, they said.


In lines that could have come from a green campaigner, Gordon Brown said the forests “provide a global service in soaking up the pollution of the world.” Unless action was taken, “these forests could be lost for ever, impacting not only the global climate but on the livelihoods of 90% of the 1.2 billion people” who rely on trees for a living. The money stumped by the six countries was a first instalment of the $25 billion needed between now and 2015 to cut deforestation by a quarter. In a rare synergy between Britain’s ceremonial rulers and its real ones, the effort to gather up $25 billion in pledges has been led by the Prince’s Rainforests Project, a charity run by the heir to the British throne, Prince Charles: his predilection for the green and organic has been a gift to British comics but went down well in Denmark.Impressive as it was, the rich nations’ offer did not settle the questions that need resolving in any global forest deal. One was whether or not to include timetables and targets. The most ambitious proposals called for a 50% reduction in deforestation by 2020 and a complete halt by 2030. But forested nations were unwilling to accept those ideas until they saw what the rich world was offering.


The other question was how so much money will be ladled out, how it will be raised and who would receive it: national governments, regional authorities or local people, including the indigenous. Any plan that did not give local people cause to keep their trees standing would surely fail. But some have argued that doling out cash to forest-dwellers is too crude an approach; it may be better to help non-forest areas yield more crops, or to concentrate on restoring marginal land to farming. Advocates of national approaches—involving entire countries, not small areas—say local efforts cause “leakage” as felling is stopped in one place but shifts to another.


Tony La Viña, the chief negotiator on the UN initiative known as “Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation (REDD)” was optimistic, as of December 16th, that the issues left to settle were “manageable.” The fact that REDD has been broadened to include rewards for countries that have conserved their forests (as opposed to repentant sinners) is an encouraging sign. But that does not mean the problems are negligible.


The question of how much money to raise from government transfers, and how much from carbon trading, is not merely of concern to radical greens. Some Europeans fear that throwing forests into the carbon market will depress the price; but for America’s Congress, a healthy market in offsets may be the only thing that makes payment to protect forests palatable.Supporters of REDD say it offers performance-related finance for saving forests on a far larger scale than ever before. It aims to ensure rigorous verification. The proposal’s critics insist that a superficially good deal could prove terrible because of loopholes in carbon accounting. These may come from inflated national baselines for deforestation, or allowances that permit some sorts of tree-felling to be ignored. Sceptics also claim that REDD ignores some causes of deforestation, like the demand for soy, beef, palm oil, and timber which tempts people to act illegally.


But things are changing on that front. Green groups want firms to shrink their “forest footprint”—and some are responding. On December 11th Unilever, a giant food company, said it was abandoning one of its palm-oil suppliers because of doubts about what it is doing in some of the world’s forests. That is sobering for anybody tempted to chop down rainforest and plant something more immediately lucrative. In the longer term, Copenhagen’s decisions may do a lot more to make the forests lucrative in themselves.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Eduardo Galeano: 4 frases que fazem o nariz do Pinóquio crescer

http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7860


Eduardo Galeano: quatro frases que fazem o nariz do Pinóquio crescer


1 - Somos todos culpados pela ruína do planeta.

A saúde do mundo está feito um caco. ‘Somos todos responsáveis’, clamam as vozes do alarme universal, e a generalização absolve: se somos todos responsáveis, ninguém é. Como coelhos, reproduzem-se os novos tecnocratas do meio ambiente. É a maior taxa de natalidade do mundo: os experts geram experts e mais experts que se ocupam de envolver o tema com o papel celofane da ambiguidade. Eles fabricam a brumosa linguagem das exortações ao ‘sacrifício de todos’ nas declarações dos governos e nos solenes acordos internacionais que ninguém cumpre. Estas cataratas de palavras - inundação que ameaça se converter em uma catástrofe ecológica comparável ao buraco na camada de ozônio - não se desencadeiam gratuitamente. A linguagem oficial asfixia a realidade para outorgar impunidade à sociedade de consumo, que é imposta como modelo em nome do desenvolvimento, e às grandes empresas que tiram proveito dele. Mas, as estatísticas confessam.. Os dados ocultos sob o palavreado revelam que 20% da humanidade comete 80% das agressões contra a natureza, crime que os assassinos chamam de suicídio, e é a humanidade inteira que paga as consequências da degradação da terra, da intoxicação do ar, do envenenamento da água, do enlouquecimento do clima e da dilapidação dos recursos naturais não-renováveis. A senhora Harlem Bruntland, que encabeça o governo da Noruega, comprovou recentemente que, se os 7 bilhões de habitantes do planeta consumissem o mesmo que os países desenvolvidos do Ocidente, "faltariam 10 planetas como o nosso para satisfazerem todas as suas necessidades." Uma experiência impossível.
Mas, os governantes dos países do Sul que prometem o ingresso no Primeiro Mundo, mágico passaporte que nos fará, a todos, ricos e felizes, não deveriam ser só processados por calote. Não estão só pegando em nosso pé, não: esses governantes estão, além disso, cometendo o delito de apologia do crime. Porque este sistema de vida que se oferece como paraíso, fundado na exploração do próximo e na aniquilação da natureza, é o que está fazendo adoecer nosso corpo, está envenenando nossa alma e está deixando-nos sem mundo.

2 - É verde aquilo que se pinta de verde.

Agora, os gigantes da indústria química fazem sua publicidade na cor verde, e o Banco Mundial lava sua imagem, repetindo a palavra ecologia em cada página de seus informes e tingindo de verde seus empréstimos. "Nas condições de nossos empréstimos há normas ambientais estritas", esclarece o presidente da suprema instituição bancária do mundo. Somos todos ecologistas, até que alguma medida concreta limite a liberdade de contaminação. Quando se aprovou, no Parlamento do Uruguai, uma tímida lei de defesa do meio-ambiente, as empresas que lançam veneno no ar e poluem as águas sacaram, subitamente, da recém-comprada máscara verde e gritaram sua verdade em termos que poderiam ser resumidos assim: "os defensores da natureza são advogados da pobreza, dedicados a sabotarem o desenvolvimento econômico e a espantarem o investimento estrangeiro." O Banco Mundial, ao contrário, é o principal promotor da riqueza, do desenvolvimento e do investimento estrangeiro. Talvez, por reunir tantas virtudes, o Banco manipulará, junto à ONU, o recém-criado Fundo para o Meio-Ambiente Mundial. Este imposto à má consciência vai dispor de pouco dinheiro, 100 vezes menos do que haviam pedido os ecologistas, para financiar projetos que não destruam a natureza. Intenção inatacável, conclusão inevitável: se esses projetos requerem um fundo especial, o Banco Mundial está admitindo, de fato, que todos os seus demais projetos fazem um fraco favor ao meio-ambiente.O Banco se chama Mundial, da mesma forma que o Fundo Monetário se chama Internacional, mas estes irmãos gêmeos vivem, cobram e decidem em Washington. Quem paga, manda, e a numerosa tecnocracia jamais cospe no prato em que come. Sendo, como é, o principal credor do chamado Terceiro Mundo, o Banco Mundial governa nossos escravizados países que, a título de serviço da dívida, pagam a seus credores externos 250 mil dólares por minuto, e lhes impõe sua política econômica, em função do dinheiro que concede ou promete. A divinização do mercado, que compra cada vez menos e paga cada vez pior, permite abarrotar de mágicas bugigangas as grandes cidades do sul do mundo, drogadas pela religião do consumo, enquanto os campos se esgotam, poluem-se as águas que os alimentam, e uma crosta seca cobre os desertos que antes foram bosques.

3 - Entre o capital e o trabalho, a ecologia é neutra.

Poder-se-á dizer qualquer coisa de Al Capone, mas ele era um cavalheiro: o bondoso Al sempre enviava flores aos velórios de suas vítimas... As empresas gigantes da indústria química, petroleira e automobilística pagaram boa parte dos gastos da Eco 92: a conferência internacional que se ocupou, no Rio de Janeiro, da agonia do planeta. E essa conferência, chamada de Reunião de Cúpula da Terra, não condenou as transnacionais que produzem contaminação e vivem dela, e nem sequer pronunciou uma palavra contra a ilimitada liberdade de comércio que torna possível a venda de veneno. No grande baile de máscaras do fim do milênio, até a indústria química se veste de verde. A angústia ecológica perturba o sono dos maiores laboratórios do mundo que, para ajudarem a natureza, estão inventando novos cultivos biotecnológicos. Mas, esses desvelos científicos não se propõem encontrar plantas mais resistentes às pragas sem ajuda química, mas sim buscam novas plantas capazes de resistir aos praguicidas e herbicidas que esses mesmos laboratórios produzem. Das 10 maiores empresas do mundo produtoras de sementes, seis fabricam pesticidas (Sandoz-Ciba-Geigy, Dekalb, Pfizer, Upjohn, Shell, ICI). A indústria química não tem tendências masoquistas. A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana. A ecologia neutra, que mais se parece com a jardinagem, torna-se cúmplice da injustiça de um mundo, onde a comida sadia, a água limpa, o ar puro e o silêncio não são direitos de todos, mas sim privilégios dos poucos que podem pagar por eles. Chico Mendes, trabalhador da borracha, tombou assassinado em fins de 1988, na Amazônia brasileira, por acreditar no que acreditava: que a militância ecológica não pode divorciar-se da luta social. Chico acreditava que a floresta amazônica não será salva enquanto não se fizer uma reforma agrária no Brasil. Cinco anos depois do crime, os bispos brasileiros denunciaram que mais de 100 trabalhadores rurais morrem assassinados, a cada ano, na luta pela terra, e calcularam que quatro milhões de camponeses sem trabalho vão às cidades deixando as plantações do interior. Adaptando as cifras de cada país, a declaração dos bispos retrata toda a América Latina. As grandes cidades latino-americanas, inchadas até arrebentarem pela incessante invasão de exilados do campo, são uma catástrofe ecológica: uma catástrofe que não se pode entender nem alterar dentro dos limites da ecologia, surda ante o clamor social e cega ante o compromisso político.

4 - A natureza está fora de nós.

Em seus 10 mandamentos, Deus esqueceu-se de mencionar a natureza. Entre as ordens que nos enviou do Monte Sinai, o Senhor poderia ter acrescentado, por exemplo: "Honrarás a natureza, da qual tu és parte." Mas, isso não lhe ocorreu. Há cinco séculos, quando a América foi aprisionada pelo mercado mundial, a civilização invasora confundiu ecologia com idolatria. A comunhão com a natureza era pecado. E merecia castigo. Segundo as crônicas da Conquista, os índios nômades que usavam cascas para se vestirem jamais esfolavam o tronco inteiro, para não aniquilarem a árvore, e os índios sedentários plantavam cultivos diversos e com períodos de descanso, para não cansarem a terra. A civilização, que vinha impor os devastadores monocultivos de exportação, não podia entender as culturas integradas à natureza, e as confundiu com a vocação demoníaca ou com a ignorância. Para a civilização que diz ser ocidental e cristã, a natureza era uma besta feroz que tinha que ser domada e castigada para que funcionasse como uma máquina, posta a nosso serviço desde sempre e para sempre. A natureza, que era eterna, nos devia escravidão. Muito recentemente, inteiramo-nos de que a natureza se cansa, como nós, seus filhos, e sabemos que, tal como nós, pode morrer assassinada. Já não se fala de submeter a natureza. Agora, até os seus verdugos dizem que é necessário protegê-la. Mas, num ou noutro caso, natureza submetida e natureza protegida, ela está fora de nós. A civilização, que confunde os relógios com o tempo, o crescimento com o desenvolvimento, e o grandalhão com a grandeza, também confunde a natureza com a paisagem, enquanto o mundo, labirinto sem centro, dedica-se a romper seu próprio céu.

Eduardo Galeano é escritor e jornalista uruguaio

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

COP 15 e o Prof.Dr. Aziz Ab S´Aber

créditos:
Reportagem [http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,666317,00.html] do Der Spiegel, no UOL Notícias.

Ponderado, o professor, critica os que ele chama de "terroristas do clima": "Não tenho dúvida de que as causas (do aquecimento) não são tão perfeitas quanto eles pensam".

Ab'Saber estuda geografia há 68 anos (ingressou aos 17 no curso de geografia da USP), ele afirma que os "terroristas" não consideram os movimentos periódicos do clima ou as variações climáticas ao longo da história da Terra.

Sobre as consequências catastróficas prenunciadas pela maioria dos cientistas, ele também faz inúmeras ressalvas. Para ele, o aquecimento não causará a desertificação das florestas tropicais, ao contrário. "A tendência, no caso da mata Atlântica e da Amazônia, é que elas cresçam", defende.

Leia os principais trechos da entrevista:

Terra Magazine - O que o senhor está achando da 15ª Conferência das Partes da ONU em Copenhague, a COP-15?

Aziz Ab'Saber - Copenhague é uma farsa, quando eu vi que levaram cerca de 700 pessoas do Brasil pra lá eu disse "meu Deus", essas pessoas não terão um segundo pra falar, nem nada. Para mim, quando uma conferência passa de 1.000 pessoas na sala, elas ficam só ouvindo as metas e propostas dos outros. Não há espaço para debate ou questionamento. Além disso, os países levam metas irreais. Quando um país diz que vai reduzir 40%, por exemplo, não vai. Espertos são os países que levam metas baixinhas.

E quanto ao objetivo central da conferência: reduzir as emissões de CO2?

Não tenho a menor dúvida de que as causas não são tão perfeitas como eles pensam. Mas é fato que está havendo um aquecimento: Na cidade de São Paulo, no século passado, tinha 18,6 graus Celsius de temperatura média na área central. Hoje, tem entre 20,8 e 21,2 graus. Se a gente fizer a somatória de todas as cidades em São Paulo e as contas do desmate ocorrido no nosso território, veremos que com esses desmates o sol passou a bater diretamente no chão da paisagem. Se esse aquecimento é em função do calor das grandes cidades... O clima urbano deve ser considerado, porque evidentemente esse clima tem certa projeção espacial, em algumas cidades mais em outras menos. Há também que se considerar os efeitos das chamadas Células ou Ilhas de Calor, por que quando eu digo que a temperatura da cidade de São Paulo aumentou nesse século, eu não falo do estado como um todo, nem mesmo da cidade. A temperatura medida na área central é uma, nos Jardins é outra e, lá onde eu moro, perto de Cotia, é outra.

E os inúmeros alertas para as consequências do aquecimento: O aumento do nível do mar, a desertificação de florestas...

Mas essas observações de que o aquecimento global vai derrubar a Amazônia são terroristas! Há um aquecimento?
Sim, seja ele mediano ou vagaroso, mas, quanto mais calor, a tendência, no caso da mata Atlântica e da Amazônia, é que elas cresçam e não que sejam reduzidas. Parece que essas pessoas, esses terroristas do clima nunca foram para o litoral! A gente que observa o céu vê que as nuvens estão subindo e sendo empurradas para a Serra do Mar, levando mais umidade para dentro do território. Esses cientistas alarmistas não observam nada, não têm interdisciplinaridade. Na média, está havendo aquecimento, mas as consequências desse aquecimento não são como eles preveem. Mas essa é uma realidade não relacionada tão diretamente com a poluição atmosférica do globo e pode sofrer críticas sérias de pessoas com maior capacidade de observação.

Esse ano nós tivemos um clima problemático... Enchentes sérias em São Paulo, em Santa Catarina...

Esse ano é um ano anômalo, El Niño funcionou por causa do aquecimento do Pacífico equatorial, a umidade veio pra leste, bateu na Colômbia, lá houve problemas sérios, inundações. Aqui, essa massa de ar úmida entrou pela Amazônia e outras regiões sul-sudeste, e perturbou todo o sistema de massas de ar no Brasil. E continua, isso vem desde novembro do ano passado até hoje. Quando o pessoal diz: "Olha, está muito calor, o aquecimento!", eles não sabem as consequências das perturbações climáticas periódicas. E aí entra o problema da periodicidade climáticas que ninguém fala! Se não falarem disso lá em Copenhague, será uma tristeza para a climatologia. A periodicidade do El Niño é de 12 em 12, 13 em 13, ou 26 em 26 anos. Então ontem, no jornal, alguém disse: "O último ano que fez tanto calor foi em 1998". Há 11 anos, a medida do El Niño, então esse calor, essas chuvas, é um tempo diferenciado provocado pelo El Niño.

E o que aconteceu?

O que aconteceu naturalmente? Sem indústria, sem nada: Entre 23 mil e 12 mil anos A.P. (termo da Arqueologia, significa "Antes do Presente". Tendo por base o ano de 1950), houve um período muito crítico. O planeta passou por um período de glaciação. Devido ao congelamento de águas marinhas nos pólos Norte e Sul, o nível dos oceanos era cerca de 90 metros mais baixo do que o registrado hoje. A partir de 12 mil anos atrás, cessou o clima frio e começou a haver um aquecimento progressivo. Com isso, o nível do mar subiu, ele tinha descido 95 metros.

Isto, por conta do aquecimento...

Com o aquecimento, as grandes manchas florestais, que haviam se reduzido a refúgios, cresceram. A esse processo, que aconteceu principalmente na costa brasileira, eu dei o nome de "A Réplica do calor" e o período foi chamado de Optimum climático. Durante esse Optimum climático, o calor foi tão grande que o nível do mar subiu, embocando nas costas mundiais, formando baías, golfos, rias (canal ou braço do mar).

E o que aconteceu depois?

Houve mais chuvas, o que favoreceu a continuidade das florestas. O optimum é uma fase da história climática do mundo que vários cientistas e o próprio IPCC não consideram. Como naquele período, nem a mata Atlântica nem a Amazônia desapareceram do mapa, não é certo dizer que até 2100 a Amazônia vai virar cerrado.

Qual é o principal risco do aquecimento, então?

Conclusão: se está havendo certo nível de aquecimento que é antrópico (relativo à ação do homem), o que irá acontecer é certo degelo - que não é relacionado com as coisas que eles falam lá de supra atmosfera, o homem tem uma pequena parcela nisso. A conclusão que se chega é que haverá impactos nas cidades costeiras. Realmente é perigoso: há aquecimento, há degelo e o mar está subindo.

Mas esse aquecimento é controlável pelo homem? É possível impedi-lo?

Não é possível. O que é possível é que as cidades costeiras comecem já seus projetos para defender as ruas principais, mais rasas. A redução da emissão de gás carbônico pelo homem vai amenizar um pouco esse processo, mas eles falam nisso sem lembrar a periodicidade, eu não desprezo o fato que as emissões de CO2 podem influir na climatologia do mundo, mas eu acho ruim que eles não conhecem dinâmica climática, não sabem nada do que já aconteceu no passado de modo natural e estão facilitando a vida dos que querem aproveitar-se da situação.

Quem são esses?

Por exemplo, o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB-AM), que disse recentemente: "Nossa região é uma vítima do aquecimento global, não a vilã". Eles pensam assim: "Já que o aquecimento global vai mesmo destruir a Amazônia, que deixe a floresta para nós". A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), diz que agricultura nunca afetou em nada o meio ambiente... O problema é o mesmo, na Amazônia, a diminuição da mata que permaneceu quase intacta até 1950. Eu estive lá: Era tão difícil estudar lá, de tão ampla que era a mata, biodiversa e densa.

E Hoje?

Vai lá pra ver como está. O desmate da cidade é incrível! Tem uma coisa que eu não gosto de dizer para jornalista... Mas vou dizer: Todo espaço virou mercadoria! Nos arredores da cidade, especulação. Não são produzidas coisas economicamente boas para o Estado e para o País. O espaço é todo deles!

Terra Magazine

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ocean acidification rates pose disaster for marine life

Ocean acidification rates pose disaster for marine life, major study shows
Report launched from leading marine scientists at Copenhagen summit shows seas absorbing dangerous levels of CO2

Severin Carrel
guardian.co.uk, Thursday 10 December 2009 10.52 GMT
Article history






















Thousands of glassfish, on the edge of the coral reef near Sharm el-Sheikh, Egypt. Photograph: Tarik Tinazay/AFP/Getty Images


The world's oceans are becoming acidic at a faster rate than at any time in the last 55m years, threatening disaster for marine life and food supplies across the globe, delegates at the UN climate conference in Copenhagen have been warned.

A report by more than 100 of Europe's leading marine scientists, released at the climate talks this morning, states that the seas are absorbing dangerous levels of carbon dioxide as a direct result of human activity. This is already affecting marine species, for example by interfering with whale navigation and depleting planktonic species at the base of the food chain.

Ocean acidification – the facts says that acidity in the seas has increased 30% since the start of the industrial revolution. Many of the effects of this acidification are already irreversible and are expected to accelerate, according to the scientists.

The study, which is a massive review of existing scientific studies, warns that if CO2 emissions continue unchecked many key parts of the marine environment – particularly coral reefs and the algae and plankton which are essential for fish such as herring and salmon – will be "severely affected" by 2050, leading to the extinction of some species.
Dr Helen Phillips, chief executive of Natural England, which co-sponsored the report, said: "The threat to the delicate balance of the marine environment cannot be overstated - this is a conservation challenge of unprecedented scale and highlights the urgent need for effective marine management and protection."

Although oceans have acidified naturally in the past, the current rate of acidification is so fast that it is becoming extremely difficult for species and habitats to adapt. "We're counting it in decades, and that's the real take-home message," said Dr John Baxter a senior scientist with Scottish Natural Heritage, and the report's co-author. "This is happening fast."

The report, published by the EU-funded European Project on Ocean Acidification, a consortium of 27 research institutes and environment agencies, states that the survival of a number of marine species is affected or threatened, in ways not recognised and understood until now. These species include:

• whales and dolphins, who will find it harder to navigate and communicate as the seas become "noisier". Sound travels further as acidity increases. Noise from drilling, naval sonar and boat engines is already travelling up to 10% further under water and could travel up to 70% further by 2050.

• brittle stars (Ophiothrix fragilis) produce fewer larvae because they need to expend more energy maintaining their skeletons in more acid seas. These larvae are a key food source for herring.

• tiny algae such as Calcidiscus leptoporus which form the basis of the marine food chain for fish such as salmon may be unable to survive.

• young clownfish will lose their ability to "smell" the anemone species that they shelter in. Experiments show that acidification interferes with the species' ability to detect the chemicals that give "olfactory cues".

The report predicts that the north Atlantic, north Pacific and Arctic seas – a crucial summer feeding ground for whales - will see the greatest degree of acidification. It says that levels of aragonite, the type of calcium carbonate which is essential for marine organisms to make their skeletons and shells, will fall worldwide. But because cold water absorbs CO2 more quickly, the study predicts that levels of aragonite will fall by 60% to 80% by 2095 across the northern hemisphere.

"The bottom line is the only way to slow this down or reverse it is aggressive and immediate cuts in CO2," said Baxter. "This is a very dangerous global experiment we're undertaking here."
Written for policy makers and political leaders, the document is being distributed worldwide, with 32,000 copies printed in five major languages including English, Chinese and Arabic. Every member of the US congress, now struggling to agree a binding policy on CO2 emissions, will be sent a copy.

Congressman Brian Baird, a Democrat representative from Washington state, who championed a bill in Congress promoting US research on ocean acidification, said these findings would help counter climate change sceptics, since acidification was easily and immediately measurable.

"The consequences of ocean acidification may be every bit as grave as the consequences of temperature increases," he said. "It's one thing to question a computer extrapolation, or say it snowed in Las Vegas last year, but to say basic chemistry doesn't apply is a real problem [for the sceptics]. I think the evidence is really quite striking."


From:
http://www.guardian.co.uk/environment/2009/dec/10/ocean-acidification-epoca

UM MAR DE ENCRENCAS

10 de Dezembro de 2009



Na região de Abrolhos, a exploração de petróleo e a carcinicultura ameaçam uma grande área de algas calcáreas, que funcionam como depósitos de carbono.

















São Paulo (SP) — Desde o grande escape de gás metano no fundo do mar, há 55 milhões de anos, os oceanos não experimentavam um processo de acidificação tão veloz como o que anda acontecendo atualmente. A conclusão faz parte de um estudo assinado por mais de 100 cientistas europeus, ligados a 27 instituições de pesquisa marinha do continente, que foi distribuído nesta quinta-feira em Copenhague pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), ligada à ONU.


A aceleração da acidificação é consequência direta da absorção, pelos mares, de níveis cada vez mais altos de CO2, o que torna os oceanos vítimas do aquecimento global. Os oceanos absorvem naturalmente o carbono que está na atmosfera. Mas o aumento do nível de emissões faz com que eles capturem CO2 em quantidades excessivas, contribuindo para a decadência da sua biodiversidade e comprometendo sua função como sumidouros naturais de carbono. Várias espécies já estão sofrendo os efeitos do processo. Baleias e golfinhos estão perdendo sua capacidade de navegação. Plânctons, que estão na base da cadeia alimentar marinha, estão sumindo.




O estudo, ‘Ocean acidification – the facts’ (‘Acidificação dos Oceanos, os fatos’) foi distribuído para todos os participantes das negociações sobre o clima. Ele expõe uma realidade alarmante. A acidificação dos mares cresceu em 30% desde o início da Revolução Industrial. Mantidos os índices atuais nas emissões de CO2, a acidez dos oceanos pode aumentar em 120% até 2060, colocando em risco uma importante fonte de alimentos para a humanidade. Para Dan Laffoley, editor-chefe do relatório e um dos diretores da IUCN, “o processo de acidificação dos oceanos pode ser melhor descrito como o irmão gêmeo maligno do aquecimento global”.


Segundo o jornal britânico “The Guardian”, o relatório aponta que diversas espécies já estão criticamente em perigo devido a essas alterações. Cita entre outros animais pequenas algas como a Calcidiscus leptoporus, que é um importante elemento da base na cadeia alimentar marinha. As estruturas de corais, berços importantes da biodiversidade nos mares, estão morrendo graças ao volume de acidez nos oceanos. Ela também aumenta a propagação de sons debaixo d’água, atrapalhando a comunicação entre cetáceos e prejudicando sua capacidade de orientação.
Os cientistas divulgaram que os mares do Atlântico e do Pacífico Norte – fundamentais na alimentação durante o verão para diversas espécies de baleias – sofrerão os maiores índices de acidificação. Eles chamam atenção para os níveis de aragonita, um tipo de carbonato de cálcio essencial para a formação de esqueletos e conchas de diversos organismos e que será reduzido em todo o mundo. Como águas frias absorvem CO2 com maior velocidade, o estudo prevê que os níveis de aragonita cairão entre 60% a 80% até 2095 no Hemisfério Norte.


A única maneira de reverter este processo é pelo caminho já conhecido. “Temos de investir na redução das emissões de gases devem ser agressivas e imediatas”, diz John Baxter, um dos autores do relatório. O documento esta sendo distribuindo em todo o mundo para tomadores de decisão e líderes políticos. Sendo a acidificação um evento de fácil identificação e imediatamente mensurável, a idéia é conseguir desarmar os céticos sobre o aquecimento global e reposicionar o papel dos oceanos no processo de negociação sobre o clima dando ao tema a devida importância.
O Greenpeace defende 40% de áreas marinhas protegidas em águas internacionais para garantir a biodiversidade e a saúde dos oceanos.


Fontes: http://www.greenpeace.org/brasil/oceanos/noticias/um-mar-de-encrencas ;
http://www.epoca-project.eu/index.php/Ocean-Acidification-the-facts.html ;
http://www.guardian.co.uk/environment/2009/dec/10/ocean-acidification-epoca

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Xico Graziano vê enrolação em Copenhagen

O secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Xico Graziano, já está de malas prontas para viajar junto com a comitiva brasileira para Copenhague, onde serão discutidas propostas para redução da emissão de gases causadores de efeito-estufa. Apesar das promessas dos principais países poluidores de chegar à Dinamarca com metas para a diminuição da emissão de CO2, o engenheiro agrônomo não está empolgado com as negociações dos termos da segunda parte do Protocolo de Kyoto: "Será um processo muito complicado, de alto grau de enrolação". Nesta entrevista, concedida em seu gabinete em São Paulo, o ex-presidente do Incra (1995) acredita que as práticas de sustentabilidade só farão sentido para o mundo se elas estiverem atreladas a interesses econômicos. "Ninguém produz etanol porque é ecologista. O etanol é produzido porque dá dinheiro", exemplifica.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

EXAME - Qual será o maior prejuízo das mudanças climáticas para o Brasil caso o país não adote posturas mais rígidas de preservação do meio ambiente nos próximos anos?

Xico Graziano - O governo federal não tem a visão de que o enfretamento da agenda das mudanças climáticas criará novas oportunidades para a economia brasileira ao invés de se opor ao crescimento. Eu acho que ainda prevalece no governo federal a visão conservadora de que essa agenda é restritiva ao crescimento. A minha visão não é essa. A agenda de descarbonificar a economia vai criar novas alternativas de um novo padrão que tem a ver com novas empresas - ou com as empresas atuais, se elas renovarem suas tecnologias. O etanol é energia renovada e está gerando empresa e renda. Infelizmente, o presidente Lula ainda cede ao lobby do petróleo e dos setores mais conservadores da economia, permanecendo de mãos atadas.

EXAME - Há estimativas de que, para o Brasil, o custo da negligência com o meio ambiente seja de 3,6 trilhões de reais até 2050.

Xico Graziano - E é um prejuízo e tanto, não acha? Sem contar os impactos naturais no país. O nível dos oceanos poderá subir. Podemos ter problemas de zona litorânea, não como a Índia terá, ou como as ilhas pacíficas terão. Mas vamos ter problemas desse tipo. A savanização da Amazônia também é projetada. A desertificação do nordeste, idem. Serão terríveis as conseqüências...

EXAME - O senhor acha que um dos motivos da savanização da Amazônia é a falta de fiscalização?

Xico Graziano - Acho que falta mais manutenção de uma economia numa região onde vivem 25 milhões de pessoas, voltadas às atividades madeireiras, agropecuárias e de subsistência. É claro que falta fiscalização porque cada vez mais existe roubo de madeira. Mas faltam alternativas econômicas para essas famílias, que há 100 anos estão vendendo móveis como este (bate com a mão direita em sua mesa de madeira).

EXAME - Quais seriam essas alternativas econômicas?

Xico Graziano - Temos de criar um bolsa-floresta para remunerar essa população...

EXAME - Como assim?

Xico Graziano - Ao invés da pessoa fazer serralheria, ela teria outra atividade de subsistência oferecida pelo governo. É claro que não dá para ignorar que a madeira é exportada e rende dólar para o Brasil. Mas temos de pensar em uma forma de substituir a economia atual na região por outra mais eficaz, ecologicamente falando.

EXAME - O senhor acompanhará a comitiva brasileira na reunião de cúpula em Copenhague. Qual é a sua expectativa para esse encontro com autoridades mundiais?

Xico Graziano - Desde o começo, a minha expectativa sempre foi mediana. A minha experiência de acompanhar negociações internacionais se deu dentro dos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC). Sempre achei esse processo muito difícil e complicado, de alto grau de enrolação. Eu me surpreenderia caso fosse definida uma meta mundial em Copenhague. Não dá para combater o aquecimento global apenas com um tratado. O acordo é importante porque vai obrigar países a mudarem a suas posturas em relação à preservação do meio ambiente, criando legislações próprias para isso. A minha visão desse processo é que os setores de ponta da economia mundial já estão percebendo o que vai acontecer. Com isso, já estão fazendo as mudanças, independente de Copenhague.

EXAME - E como o senhor avalia a proposta do Brasil diante dessa reunião?

Xico Graziano - O governo federal deveria ter discutido esse assunto há seis meses. Assim, o presidente poderia ter pressionado outros países a aderir à mesma causa. O governo federal não percebeu a importância da discussão e ficou apático. Ultimamente, o Brasil tem se pautado muito na decisão de outras nações em desenvolvimento. O governo federal espera elas agirem para depois determinar sua ação.

EXAME - Em sua opinião, qual deveria ser o papel do setor privado na preservação do meio ambiente?

Xico Graziano - O objetivo do empresário é lucrar e competir. As empresas só terão práticas de sustentabilidades quando "apanharem" da sociedade. Sinceramente, não acredito em empresário bonzinho. Ele adota práticas de sustentabilidade dentro de uma competição, ou pressionado pela sociedade, ou ainda pela legislação. Eu não tenho visão idílica sobre esse assunto. E certamente empresários mais inteligentes encontrarão na preservação do meio ambiente uma forma de ganhar dinheiro. Por exemplo: para que serve o selo verde? Para vender bem o produto no mercado. Ora, ninguém produz etanol porque é ecologista. O etanol é produzido porque dá dinheiro. É claro que há uma consciência mundial de que deveria haver cortes nas emissões de CO2 nas próximas décadas. Mas a questão é: como colocar isso na cabeça dos empresários? É algo em que o governo federal deveria pensar.

EXAME - O senhor defende cortes nas emissões de gases poluentes nas próximas décadas. Mas, até lá, as tecnologias verdes estarão suficientemente desenvolvidas?

Xico Graziano - Terão de estar. Tirando alguns grupos de pesquisas isolados, o Brasil está muito atrasado. Os Ministérios do Desenvolvimento e a pasta de Ciência e Tecnologia deveriam incentivar mais estudos de desenvolvimento da tecnologia verde.


Fonte: Portal Exame por Thiago Bronzatto

Fonte: http://www.crasp.gov.br/app/pl/ClippingNews/ClippingNoticias.aspx?NoticiaID=641&__akacao=208026&__akcnt=66802485&__akvkey=9868&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Clipping%20News%20-%2004/12/2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Transnacionais espanholas devastam América Latina

26/11/2009 - 09h11
Por Robson Braga, da Adital


Apesar da suposta política de responsabilidade social, as transnacionais espanholas do setor turístico adotam, na América Latina, práticas bastante antigas de exploração econômica e socioambiental. A análise é do Greenpeace-Espanha, divulgado na segunda-feira (23/11), através do informe "Os novos conquistadores. Multinacionais espanholas na América Latina".



"As empresas espanholas têm se caracterizado por responder com pouquíssimas ou nulas modificações no modelo empresarial que já se conhecia aqui (na Europa), ou seja, de sol e praia massiva, exploração que tem passado do Mediterrâneo e [ilhas] Canárias para localidades virgens da América, especialmente do Caribe", considerou o Greenpeace.
Das 100 maiores empresas de turismo do mundo, 11 são espanholas, mostra o estudo. De 1993 até 1999, o número de hotéis espanhóis em outros países triplicou. Atualmente, já são 29 os grupos espanhóis ligados ao turismo com presença em 36 países.
Na América Latina, transnacionais espanholas exercem a atividade turística - responsável por 11% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial - de modo predatório, analisou o Greenpeace.
O organismo destacou as atividades da "Sol Meliá" (15ª no ranking mundial), da "Barceló" (24ª) e da "Riu" (27ª), empresas identificadas "como agentes exportadores de um modelo de predador que arrasa bosques de mangues e territórios virgens, especialmente no México".



O Greenpeace criticou a "extremada política de hipócrita Responsabilidade Social Corporativa" da Sol Meliá. Este ano, a empresa lançou um Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável 2008-2010, que pretende "integrar os valores de sustentabilidade no próprio negócio".

México: maior destino das transnacionais
É no México onde a situação se mostra mais crítica quanto à exploração empresarial espanhola. Há, no país, mais de 2.700 empresas de origem hispânica, estimuladas pelas condições oferecidas pelo governo local e nacional, pelos baixos custos de seguridade social e da mão de obra barata e, em parte, pouco organizada.

Somente no principal destino das empresas turísticas - na região de Riviera Maya, no Estado de Quintana Roo -, estão presentes as transnacionais a Sol Meliá, a Iberostar, a Riu, a Barceló e a NH. Em 2007, havia na região cerca de 35 mil hospedagens em mais de 100 hotéis, enquanto que, em 2001, eram 15 mil.
Como exemplo, o informe aponta a construção de complexos hoteleiros da Sol Meliá nas praias de X’cacel e X’cacelito, no Estado de Quinta Roo. Os projetos só foram suspensos Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semarnat) após a pressão de movimentos ambientalistas nacionais. Praticamente todas as zonas de mangue da Costa Turquesa foram devastadas, lamenta o estudo.



Recomendações
Para o Greenpeace, as empresas espanholas não deveriam adotar duplo padrão: "atuar de acordo com a normativa mais estrita em matéria social ou meioambiental, seja esta a lei de seu país de origem ou a do país onde opera". Quando vinculadas a atividades extrativas, elas devem responder pelos custos dos impactos socioambientais e participar de consultas com as comunidades locais, principalmente as indígenas.
O Greenpeace ainda recomendou ao governo espanhol que estabeleça mecanismos legais em casos de atuações ilícitas de transnacionais do país no exterior. O organismo também propõe que o Estado exija responsabilidade das empresas no processo de internacionalização, considerando a realidade social e econômica do país que receberá a transnacional.



O relatório do Greenpeace-Espanha avalia o impacto, na América Latina, de transnacionais espanholas de várias áreas, como o turismo, a mineração, o setor financeiro e petrolífero.
O documento completo está disponível em: http://www.greenpeace.org/raw/content/espana/reports/090930-03.pdf.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

The Copenhagen Diagnosis: Climate Science Report

The Copenhagen Diagnosis: Climate Science Report

It is more than three years since the drafting of text was completed for the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) Fourth Assessment Report (AR4). In the meantime, many hundreds of papers have been published on a suite of topics related to human-induced climate change.
The purpose of this report is to synthesize the most policy-relevant climate science published since the close-off of material for the last IPCC report. The rationale is two-fold.
First, this report serves as an interim evaluation of the evolving science midway through an IPCC cycle - IPCC AR5 is not due for completion until 2013.
Second, and most important, the report serves as a handbook of science updates that supplements the IPCC AR4 in time for Copenhagen in December 2009, and any national or international climate change policy negotiations that follow.
This report covers the range of topics evaluated by Working Group I of the IPCC, namely the Physical Science Basis. This includes:
an analysis of greenhouse gas emissions and their atmospheric concentrations, as well as the global carbon cycle;
coverage of the atmosphere, the land-surface, the oceans, and all of the major components of the cryosphere (land-ice, glaciers, ice shelves, sea-ice and permafrost);
paleoclimate, extreme events, sea level, future projections, abrupt change and tipping points;
separate boxes devoted to explaining some of the common misconceptions surrounding climate change science.
The report has been purposefully written with a target readership of policy-makers, stakeholders, the media and the broader public. Each section begins with a set of key points that summarises the main findings. The science contained in the report is based on the most credible and significant peer-reviewed literature available at the time of publication. The authors primarily comprise previous IPCC lead authors familiar with the rigor and completeness required for a scientific assessment of this nature.

Download the full report at ---> http://www.copenhagendiagnosis.com/

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

VIVÊNCIAS DE PAZ NO PARQUE MODERNISTA

VIVÊNCIAS DE PAZ NO PARQUE MODERNISTA

“Somos uma continuação de nossas raízes, somos o tronco, deixaremos frutos, que serão novas raízes e novos troncos e futuros frutos.” – Kaká Werá.



DOMINGO, DIA 25 DE OUTUBRO

Programação:

9h – Abertura
9h30 – Contação de História e Dinâmica “Interser” – Samuel Souza de Paula
10h – Danças Circulares “Dançando a Paz” – Nívea Salati
11h – Monólogo “Gandhi – Um Líder Servidor” – João Signorelli
12h – Intervalo
13h – Vivência com a Natureza – Francis Olivia Campos, Rhauna Nemer Damaous e Samuel Souza de Paula
15h – Encerramento



Local: Parque Modernista – R. Santa Cruz, 325 – Vila Mariana.
(Próx. ao Shopping Metro Santa Cruz)

Maiores informações: E-mail: samuel.s.silva@bol.com.br Cel.: (11) 8583-0860;(11) 8583-0860.

Data: 25/10/2009 (Domingo)


Entrada Franca


“O amor e a verdade estão tão unidos entre si que é praticamente impossível separá-los. São como duas faces da mesma medalha.” – Mahatma Gandhi.



CONTAÇÃO DE HISTÓRIA

Contar histórias é um ritual que acontece há muito, muito tempo... em lugares e épocas diferentes... ao redor da fogueira ou do fogo do coração as vozes-imagens estavam presentes... Em diversas culturas os mitos aquecem as idéias e despertam inspirações. Ouvir, imaginar e acompanhar as palavras evocadas numa história é uma arte mágica. “Contar uma história é dar um presente de amor.” – Lewis Carrol.


DINÂMICA DE GRUPO “INTERSER”

Por interagir e influenciar-se mutuamente desenvolvemos, em nossa vida cotidiana, vários processos dinâmicos em sintonia e afinidade com nosso ser. Nós seres humanos estamos sempre caminhando ao encontro de outros seres humanos. Respeitar o tempo e jeito certo de cada um é uma grande sabedoria. “Caminhe de tal forma que seus passos imprimam sobre a terra apenas as marcas da liberdade, alegria e serenidade.” – Thich Nhat Hanh.


DANÇAS CIRCULARES

As danças circulares sagradas fazem parte de um movimento mundial de resgate de danças tradicionais e contemporâneas dos povos, buscando a convivência cooperativa, o respeito por si mesmo, pelo outro e pelo planeta. “Dançar em grupo é uma oportunidade para que as pessoas eduquem umas às outras e a si mesmas.” – Bernhard Wosien.




MONÓLOGO “GANDHI – UM LÍDER SERVIDOR”


O ator João Signorelli, que atuou em inúmeras novelas e filmes, apresenta a historia do grande líder que marcou sua trajetória pela suas atitudes de liderança e não-violência. O espetáculo “Gandhi – Um Líder Servidor”, introduz princípios ético-filosóficos nas relações humanas, falando sobre integração, cooperativismo e amor. O espetáculo começa quando Gandhi anuncia o início de mais um jejum para despertar a consciência dos líderes do Ocidente e do Oriente para a paz mundial. O jejum que ele propõe é que os povos deixem de se alimentar com pensamentos desequilibrados, preconceitos e sentimentos sombrios. Uma sensível reflexão sobre a liderança faz parte desta peça, que apresenta reflexões do maior ícone da paz, com a proposta de mostrar ao público que é possível construir um mundo melhor. São 45 minutos de apresentação em que João Signorelli mostra a vida do líder que acreditava que: “não havia diferença entre esse ou aquele: todos são seres humanos – e espirituais – buscando experiências terrenas para alcançar nova consciência e evoluir com mais rapidez”. “Só o amor cura, nutre, une, entusiasma, faz nascer, alivia, materializa, motiva... possibilita a vida!” – Mahatma Gandhi.



VIVÊNCIA COM A NATUREZA


As atividades baseiam-se no Aprendizado Seqüencial, técnica diferenciada e criativa de condução de grupos em ambientes naturais, desenvolvida pela Sharing Nature Fundation, que permite trabalhar a sensibilidade, ampliar a compreensão e tomar contato com a complexidade do mundo que nos cerca de forma estruturada e simples. “Se dedicarmos total atenção ao que estamos observando poderemos observar a Natureza de perspectivas novas e originais.” – Joseph Cornell.



Facilitadores:


Francis Olivia Campos – Administradora de formação, fotografa e educadora ambiental de coração. A porta de entrada para a EA ocorreu ao concluir o curso de Vivências com a Natureza, baseado na metodologia de aprendizagem seqüencial descrita por Joseph Cornell. Com esse olhar tornou-se sócia-voluntária de Ongs que enfocam a educação ambiental e outras atividades relacionadas. Vê na educação a perfeita aplicação do reencantamento na relação do homem com a natureza.


João Signorelli– Ator de teatro, cinema e TV, jornalista e apresentador. Já atuou em diversas novelas, cinema e teatro. A partir de 2004, e por mais de cinco anos, interpreta “Gandhi – Um Líder Servidor”, apresentando-se por todo país em empresas, teatros, em instituições de ensino, clínicas, abertura de eventos, congressos e seminários.


Nívea Salati– Focalizadora de Danças Circulares, membro do programa “Dançando e Convivendo nos Parques de São Paulo” promovido pela Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), em parceria com Departamento de Parques e Áreas Verdes, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.


Rhauna Nemer Damous– Psicóloga e Mestre em Ciências do Lazer pela ECA-USP, autora do livro “Os significados do Fim de semana”, moderadora de grupos focais atuando em pesquisa qualitativa de mercado, facilitação em processos de geração de idéias, de soluções inovadoras e de aproximação na relação fornecedor-cliente. Integra o Círculo de Coordenação de Seminários da Associação de Pedagogia Social de Base Antroposófica no Brasil.


Samuel Souza de Paula– Responsável pelo curso Valores da Cultura Indígena na UMAPAZ - Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz. Coordenador dos Círculos Xamânicos “Espírito de Gaia”. Focalizador de Danças Circulares Sagradas e Danças Xamânicas pela Paz. Membro do programa “Gente que Faz a Paz” – Unesco (Programa Pedagógico “Educação para Paz nas Escolas”).



Organização:

Samuel Souza de Paula


Orientadoras:

Estela. Estela Maria Guidi Pereira Gomes
Glacilda Pinheiro Correa Pedroso
(UMAPAZ – Projeto Carta da Terra em Ação)


Apoio Institucional:



.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

BIG CLEAN UP DAY!!!

O vídeo é bom, a iniciativa é louvável, mas a pergunta que não que calar:

ONDE FOI PARAR TODO O LIXO(10.000 TONELADAS) RETIRADO EM 1 DIA??????

http://www.youtube.com/watch?v=T7GzfMD6LHs

Assistam, Inspirem-se.......MAS não deixe de se perguntar......ONDE ESTÁ ESSE LIXO??

Espero que não esteja em nossos oceanos, e/ou tenham sido "enviados" ao Brasil ou a outro país "em desenvolvimento" como os europeus costumam nos designar.

Não é fácil, porém não é impossível juntar uma galera para limpar o descuido que o ser humano tem deixado em nosso planeta, no entanto, o destino e/ou o que fazer com esse lixo, como tratá-lo de forma que ele não seja mais prejudicial ainda(como por exemplo se for incinerado irá levar para a atmosfera altos índices de gases poluentes), ainda está sendo pouco discutido e monitorado pelo homem...

JOGAR O LIXO PARA DEBAIXO DO TAPETE NÃO VALE!!!....

SUSTENTABILIDADE É MUITO MAIS DO QUE SIMPLESMENTE CATAR LIXO.....

PRECISAMOS APRENDER/ DESENVOLVER FORMAS DE TRATAR TODO ESSE LIXO DE FORMA QUE ELE AGRIDA CADA VEZ MENOS NOSSO PLANETA...

E mais....LEMBRE-SE....dos 3R`S já bem famoso ao redor do mundo, o mais importante e por isso é o primeiro dos 3, é o "R" de REDUZIR!

REDUZIR, REDUZIR,REDUZIR, REUSAR E RECICLAR!

Alohaaaaa & Mahalo

terça-feira, 4 de agosto de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

Gigante cruza o azul dos mares

Cristiane Prizibisczki
17/06/2009, 15:22

Para quem gosta de mergulhar, uma boa pedida é o litoral sul paulista. Isso porque está começando o período de maior ocorrência de raias-jamanta (Manta birostris) nos arredores da Laje de Santos (SP). De junho a agosto é possível observar até dez vezes mais indivíduos do que em outros períodos. A temporada começou em maio e vai até setembro.

A raia-jamanta é maior entre as espécies de raias. De corpo em forma de losango, calda fina e sem esporão, a espécie pode chegar a seis metros de envergadura. Ela se desloca “batendo” as nadadeiras peitorais com
o asas e, ocasionalmente, os animais podem executar curtos “vôos” fora d´água.
Exuberante e passiva, a espécie sofre principalmente com a pesca ilegal em áreas que deveriam estar protegidas, como o Parque Estadual da Laje de Santos, local de maior ocorrência no Brasil. Redes de arrasto, espécies de sacos que são arrastados no fundo do mar ou a meia profundidade, e espinhéis, linhas com diversos anzóis, são grandes inimigos da espécie, que frequentemente fica presa a eles.
Durante a temporada, o Instituto Laje Viva realiza saídas a campo em busca do animal. A entidade não-governamental trabalha com monitoramento da espécie desde 2007 e para a preservação das raias-jamanta no litoral sul paulista, lutando para que acidentes como esses não aconteçam. Por lá, já foram registrados 63 indivíduos diferentes.
Mas não precisa ser pesquisador para participar do projeto. Registros fotográficos de qualquer mergulhador podem integrar o acervo da entidade e ajudar o Laje Viva na luta pela preservação das raias.

Mais informações em www.lajeviva.org.br

Fonte: http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/21946-gigante-cruza-o-azul-dos-mares

terça-feira, 16 de junho de 2009

Peça ao Presidente que vete a legalização da grilagem na Amazônia

Pois é galera, a coisa toda está bem crítica.
E a mídia não tem divulgado quase nada sobre o assunto....Uma lástima!
Não dá para ficar calado...

Então, é o seguinte, se vc ainda não se manisfestou, CORRE!...
...escreva uma carta,ligue e ou assine algum dos vários abaixo-assinados que está circulando pela net.
Você vai deixar o governo desmontar a política ambiental, né?

A legislação ambiental brasileira está sob ataque e a Amazônia está sendo privatizada.
Não deixe que isso aconteça. Junte-se nessa luta e acompanhe o andamento da política ambiental no Brasil.

Você pode acessar a http://www2.socioambiental.org/ e assinar os dois abaixo-assinados.

Um pede ao Presidente Lu la veto à MP 458.
http://www2.socioambiental.org/cyberacao/mp-458

O outro protesta contra o desmonte da política ambiental que está em curso.
http://www2.socioambiental.org/cyberacao/desmonte-politica-ambiental

Mensagens em seu nome serão encaminhadas ao Presidente e outras autoridades como ministros, senadores e deputados.

PARTICIPE!

Eu já assinei...Não perda tempo..Assine também.

Fran

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia Mundial do Meio Ambiente - HOME - o filme [O Planeta é a nossa Casa]

Porque nada melhor do que o Dia Mundial do Meio Ambiente para lembrar que nós também fazemos parte do Meio Ambiente!
Desejo a todos nós...


Um 05 de Junho cheio de consciência e introspecção!

Acessem e assistam:




HOME um filme de Arthus-Bertrand, é constituído por paisagens aéreas do mundo inteiro e pretende sensibilizar a opinião pública mundial sobre a necessidade de alterar modos e hábitos de vida a fim de evitar uma catástrofe ecológica planetária.


Versão com legendas em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU&feature=channel_page


Versão dublada em Português(portugal)

http://www.youtube.com/watch?v=tCVqx2b-c7U&feature=channel


Mais informações no Canal do filme:
http://www.youtube.com/user/homeproject




Mahalo!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ação de Conservação do Mar e da Cultura Caiçara

"Ação de Conservação do mar e da cultura caiçara" .Realizado pelo SESC Santos e organizado pelo Aquário de Santos em comemoração à Semana de Meio Ambiente (02 a 07 de junho).


domingo, 31 de maio de 2009

Como lucrar sem destruir




Um prêmio internacional de turismo mostra exemplos estrangeiros de exploração sustentável que o Brasil poderia seguir

Andres Vera, de Florianópolis




A Reserva Mamirauá não vai ganhar o mais importante prêmio de turismo sustentável deste ano. No meio da Floresta Amazônica, esse projeto de turismo ecológico tem todos os requisitos que um destino gostaria de ostentar para ser chamado de “sustentável”. Especialistas elogiam seus programas de preservação ambiental e integração com a comunidade – credencial suficiente para encher a pousada local, a Pousada Uacari, com 70% de estrangeiros, todos interessados em conhecer a Amazônia com conforto e sem peso na consciência.

Mas, na lista de premiados pelo Tourism for Tomorrow Awards (Prêmio Turismo para o Amanhã), evento realizado neste final de semana em Florianópolis, em Santa Catarina, só havia estrangeiros. Praias paradisíacas de Punta Cana, na República Dominicana, um parque marinho na Península de Gerakas, na Grécia, e iniciativas de reflorestamento da mata nativa da Costa Rica figuraram entre os 12 participantes que chegaram à etapa final da competição. Nesses destinos, organizações não governamentais ou grupos hoteleiros ajudam a preservar os ecossistemas, criam programas sociais para a população nativa e apoiam a contratação de mão de obra local. Quem recebe o prêmio Tourism for Tomorrow ganha um importante diferencial para mostrar ao turista.

Por que destinos como Fernando de Noronha, em Pernambuco, Itacaré, na Bahia, ou mesmo a Reserva Mamirauá não estão entre os melhores destinos verdes do planeta? Para os especialistas, um dos motivos não está na falta de ações sustentáveis desses lugares, mas na ausência de um certificado capaz de comprová-las. “Criamos a melhor norma de turismo sustentável do mundo, mas não há ninguém para aplicá-la”, diz o consultor Roberto Mourão, presidente do Instituto EcoBrasil. Nenhum hotel brasileiro tem o certificado oficial de turismo sustentável emitido pelo Instituto Falcão Bauer, reconhecido pelo Inmetro.

Criado há apenas dois meses, o certificado ainda não foi entregue a nenhum empreendimento porque o processo de avaliação é demorado. Outro motivo da baixa adesão dos empreendimentos brasileiros às ações sustentáveis é a mentalidade que durante muito tempo dominou o turismo nacional. “A massificação de alguns destinos, como Porto Seguro, desencadeou uma disputa de preços que desvalorizou o próprio lugar”, diz André Eysen de Sá, um dos coordenadores do Bem Receber, programa de qualificação para pequenos e médios empreendimentos hoteleiros.

No Brasil, um dos melhores esforços é o programa Bem Receber, realizado pelo Instituto Hospitalidade em parceria com o Ministério do Turismo e o Sebrae. Voltado para hotéis e pousadas de pequeno e médio porte, o programa recomenda práticas de sustentabilidade. Cerca de 250 estabelecimentos de todo o país fazem parte do programa. O Instituto Hospitalidade emite um certificado de qualificação profissional para o estabelecimento que cumpre uma série de requisitos, como painéis de energia solar, sistema de compostagem de lixo e captação de água da chuva.

A importância crescente de prêmios ou certificados de sustentabilidade mostra que a indústria do turismo convencional está disposta a mudar. “Cada vez menos pessoas aceitam produtos que não têm nenhum compromisso ambiental”, diz Jean-Claude Baumgarten, presidente do Conselho Mundial de Turismo e Viagens (WTTC), organizador da premiação e da nona Conferência Global de Viagens e Turismo, sediada pela primeira vez no Brasil, em Florianópolis. Em uma década, o turismo sustentável deixou de ser praticado apenas em destinos exóticos como Costa Rica e Quênia e virou um novo estandarte para redes hoteleiras, companhias aéreas e governos.

Os melhores destinos verdes

Os atrativos de alguns dos finalistas do prêmio Tourism for Tomorrow





Ol Donyo Wuas
Quênia
Um hotel ecológico oferece safáris e quartos com vista para o Monte Kilimanjaro – além de 140 empregos para a comunidade local. Foi candidato ao prêmio Benefício à Comunidade



















Phnom Penh
Camboja
Os programas de proteção de monumentos históricos milenares e de prevenção de roubo de antiguidades colocaram a cidade na final da disputa de Melhor Destino




















Punta Cana
República Dominicana
Concorreu ao prêmio de Melhor Destino com belas praias e áreas de preservação. Os empreendimentos turísticos dão preferência à mão de obra e matéria-prima locais
















Ionian Eco Villagers
Grécia
Os turistas que visitam esse parque marinho aprendem a proteger as tartarugas nativas do Mar Mediterrâneo e seus ninhos. Finalista na categoria Conservação






Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI73154-15228,00-COMO+LUCRAR+SEM+DESTRUIR.html

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Porto de Santos será mais turístico

O que eu queria saber MESMOOOOO é COMO será feita essa obra, quais os impactos REAIS que isso irá ocasionar no meio ambiente?..e esse "mergulhão", quanto sedimento irá levantar nas águas para a construção dele?
E a ÁGUA hein???..e a dragagem??...cadê os estudos desse novo "point" turístico??

elaiilaiii...como diria o poeta: "mais isso aqui ôô...é um pouquinho de Brasil iáiáiá"


O Estado de S. Paulo
29.Mai.09


Projeto prevê armazéns para abrigar de restaurantes a terminal para cruzeiros; conclusão está prevista para 2014

Rejane Lima, SANTOS


Quinze meses depois da assinatura do convênio para revitalização dos antigos terminais 1 ao 8 do Porto de Santos, no centro histórico, a prefeitura e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) apresentaram ontem o projeto de um centro náutico, cultural, turístico e empresarial na área, cuja obra deverá começar em 2011 e ser concluída em 2014.
Batizado de Porto Valongo Santos, o projeto foi inspirado nos grandes complexos portuários do mundo, como Los Angeles e Barcelona, onde áreas integrando a cidade ao porto se tornaram pontos de lazer e turismo. A ideia é que todas as licitações dos arrendamentos sejam realizadas pela Codesp com a participação da prefeitura.


"Tudo que terá exploração econômica lá dentro é investimento privado", explica o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB), afirmando que é impossível estimar o investimento total no complexo, de aproximadamente 150 mil metros quadrados. "Nós vamos investir agora R$ 800 mil no estudo de viabilidade econômica", disse o prefeito, explicando que a verba foi conseguida por meio de financiamento com o Banco Mundial.
Os investimentos da Codesp consistem principalmente na adequação do acesso ao complexo, inserido no trecho 1 da Avenida Perimetral da margem direita do porto, cuja construção é contemplada por verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com pouco mais de 2 quilômetros, o custo estimado desse trecho da avenida é de R$ 60 milhões.


A obra mais cara, no entanto, é a construção de um mergulhão (passagem subterrânea), com custo estimado de R$ 300 milhões. O objetivo da passagem, cuja execução foi exigência do Ibama para liberar o projeto, é direcionar os caminhões aos terminais portuários sem causar grande impacto à área urbana e ao complexo turístico.
As próximas etapas para a implementação do projeto consistem na contratação dos estudos de viabilidade, na aprovação do traçado do trecho 1 da Perimetral e na licitação das obras, além da execução de audiências públicas. "É um pouco precipitado falar em prazo de conclusão de obras, mas acredito que dá para realizar tudo em três anos, a partir do início das intervenções, em 2011", explicou o prefeito. Segundo ele, o projeto do Governo do Estado que possibilita a utilização de recursos retidos do ICMS para áreas históricas, o Prourb, também ajudará na captação de verba. "O investidor pode procurar parcerias com exportadores que tenham ICMS retido para colocar em investimentos aqui", completou.


ARMAZÉNS
De acordo com o projeto, os armazéns 1 e 2 terão praça de alimentação e espaço para exposições artísticas. O armazém 3 abrigará escritórios de design e turismo e um museu marítimo.
O espaço entre os galpões 3 e 4 servirá para a instalação de serviços de informação e de apoio turístico. O armazém 4 ficará com a escola náutica.
O galpão 5, por sua vez, terá estações para transporte aquaviário de passageiros e decks. No 6 ficará o terminal portuário para cruzeiros; no 7, será instalado o Instituto de Ciências do Mar e, no 8, uma unidade de apoio técnico para pequenas embarcações.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090529/not_imp378825,0.php